Uma das coisas necessárias que não deveria existir... ao menos para conversar com o nosso histórico...
Enquanto migrava meus contatos, fui passando de número em número... casa... celular... trabalho... hey, ainda tenho o número de fulano!!! Será que apago? Mas nem mantenho mais contato com ele, nem com a turma que nos rodeavam... hmn... Será que um dia precisarei e me descabelarei por ter deletado? Who knows...
E aquele amigo cabeludo? Será que é esse ainda o número? Será que cresce por aí com o mesmo cabelo? Os mesmos gostos musicais? Será que alcançou o seu sonho? Who knows...
Olha, tenho o número daquela pessoa que nem recordava o nome... agora consigo relembrar o momento que nos conhecemos... por que razão tenho esse número? Tenho e nunca disquei... O que teria acontecido se tivesse ao menos mandado um torpedo?! Who knows...
Hmn... lembrar do porquê de ter o celular da minha prima, me dói o coração... na hora, por diversão... mas sei que no fundo, a falta da mãe respondia pelas forçadas tentativas de que estava tudo bem... Por ser criança, achava que não ligaria, mas em um churrasco com a música alta, lembro-me do celular vibrando em meio aos risos das minhas amigas. De repente, do outro lado ouço distante aquela voz infantil carente da presença materna perguntando quando eu voltaria para brincarmos juntas... infelizmente sabia que não tão logo... ainda hoje, não voltei... hoje, ouço no inconsciente a mesma ligação, mas com a carência da presença paterna também...
Que estranho! Não tenho aquele número... achava que estava por aqui... por que só senti falta dele agora?! Sinto que estou me afastando... Então, quando converso com ele... é porque sempre ele quem liga... E agora, como poderei ter notícias novamente?
E aquela amiga de planos futuros? Com quem desabafava sobre amores, crises familiares, problemas profissionais...?! Não sei porque ficou esquecido entre tantos nomes... aliás, prefiro não lembrar a razão do esquecimento... Não posso negar que eram tempos bons... mas não eram sinceros da outra parte... a ilusão da confiança mais uma vez desabou sobre as flores... e inocentes e frágeis como são, se desfizeram... e o pior "as flores de plástico não morrem"... elas permanecem... Prefiro acreditar que permanecem no mesmo estágio, enquanto as outras renascem e evoluem, ficando cada vez mais belas.
Ai, e aquele número...?! Nem me recordo como e quando registrei... mas hoje é o número mais lembrado... é a voz que mais quero ouvir... Quantas vezes o celular não me levou para perto de ti, não?!
7 chamadas não atendidas? Claro, só poderia ser deles... os nossos pais... "Onde você está?"
Lembro daquele amigo que salvava o meu número já com 9090 na frente... ai, como adoro chamada a cobrar...
Entre tantas ligações... tantas histórias...
A importância da maioria das pessoas tem uma rotatividade maior do que imaginava... e aquelas repassadas de agenda em agenda... sim, são aquelas que você ainda as leva em sua vida.