domingo, 21 de março de 2010

"Ah, se a juventude dessa brisa canta..."

De repente, me veio a sensação se estou mesmo aproveitando toda a minha juventude.
A juventude de rebeldia, de voz, de corpo, de desejo! Os direitos da juventude de ser eu mesma sem regras, sem passado! Livre de nós, da procura pelo perdão, do "se"! Livre do futuro!

A minha voz deveria, então, ser um pouco mais alta, pedindo pelo que quero?!
O meu olhar deveria, então, ser mais firme, firme no horizonte pelo que procuro?! Sem desvio de olhares?!
O meu toque deveria, então, permitir todas as sensações?! De descobrimento do mundo?!

O que é ser jovem em 2010? É esse ar que quero respirar?
Quero somente descobrir o mundo e assim, descobrir o outro e me desvendar.

Quero que essa vontade de saber das coisas e nunca saber de nada me faça marchar!

Quero descobrir em cada azul, mais azuis. Em cada flor, mais flores. Em cada atitude, mais atitude. Quero descobrir que é preciso continuar nessa procura incessante do saber das coisas, do porquê, de entender aquilo, vivendo-o.

Quero ver na beleza a feiúra, e na feiúra, a beleza. Sim, quero o feio, o bonito, quero ver tudo sem querer ver somente o que quero.

Quero o que quero.

Quero, mesmo sabendo que querer é demais.

Dar um passo a frente e ver o acontece e assim, ir além.

"Chegamos ao mundo sozinhos e deixaremos o mundo, sozinhos." Sozinhos sem sermos solitários.