quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Obrigada...

Agradeço desde já todos os caminhos sem saída pelos quais me deparei...
Das desavenças... das frustações... das decepções...
Se não tivesse parado para sentar em uma pedra depois da corrida noturna, a qual buscava entre suor e sangue por algo brilhando entre os arbustos... talvez ainda estivesse correndo...
Tinha a certeza dos céus o brilho que buscava. Mas hoje sei que não me saciaria a sede depois de tanto correr.
E depois de parecer ter percorrido voltas da mesma trajetória, encontrei outro brilho... diferente daquele que buscava... muito mais encantador...
Se não tivesse me perdido, não teria me encontrado por inteira.

Agradeço desde já tudo que tenho e o que está me fazendo ser.
Não correria de outro modo, com outra roupa, com outra música... foi e está sendo surpreendente cada rua que viro, cada subida que aparentemente é impossível de subi-la.
Aliás, ando calculando todos os movimentos, mas cada gesto está sendo deliciosamente melhor que em pensamento.

Agradeço desde já as experiências que andam me acontecendo.
Sem saber o que fazer, espero conseguir de alguma forma retribuir a sua canção.
Não sei se já posso controlar quanto devo permanecer sentada em cada pedra, em cada banco... mas já sinto que posso carregar um peso infinito de cada pedacinho que piso.
Aos poucos vou sentindo meus pés sobre a terra, absorvendo o necessário para a caminhada.

Agradeço desde já pelo bem-estar.
Não acreditava que nossa energia alcançava um raio penetrante e significante às pessoas que nos rodeiam. Hoje, creio.
Mudanças de pensamentos também iluminam. Não adianta ficar se aproveitando da luz alheia... busque pela sua...
Se ilumine!

Namastê

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Renascer...

Renascer do vento, para que não fique preso àqueles sentimentos perturbadores de energia desprezível.

Renascer da terra, para concretizar os sonhos mais secretos.

Renascer do sol, para que dê calor e conforto a quem ama.

Renascer da água, para levar nos rios tudo aquilo que deseja aos outros.

Renascer no dia, aproveitando toda a energia matinal para fazer os outros renascerem também.

Renascer na noite, na beleza das estrelas e na profundidade do céu negro e misterioso.

Renascer da lua, iluminando timidamente com serenatas...

Renascer do doce, felicidade e prazer.

Renascer do amargo, saúde e determinação.

Renascer na chuva... e contemplar o que vem dos céus.

Renascer da música, compreensão e tempero para continuar a jornada.

Renascer da flor, eternizando o perfume, a delicadeza e a raridade das cores.

Renascer do espelho, sendo transformador e impactante.

Renascer do sangue, lembrando da responsabilidade da doação de vida que recebeu para estar aqui... não somos sozinhos... não fomos e não devemos limitar o mundo ao nosso ego. Não estamos aqui de graça, a consciência alfineta a nossa existência... divina? particularmente, acredito que sim. Se não crê em algo maior, então pense na figura-mãe que doou por meses seu próprio sangue... ainda assim acha que não deve retribuir?


Renasça, renove, revitalize, esteja em paz! Faça a paz!

domingo, 6 de setembro de 2009

Será? Talvez...

O que há por trás das cortinas vermelhas? Daquele veludo indecifrável...?

Acredito que há sempre um porquê das coisas acontecerem... ruins ou boas...

Fico fuçando meus pertences e olhando cuidadosamente para a bagunça, mas é sempre difícil encontrá-lo. A ira é inevitável... e entre os meus gigabytes, o arquivo da respiração... leve... profunda... tentando recriar aquela sensação de bem estar... inspiro... expiro... e o formigamento do corpo já é um sinal de relaxamento... e por fim, fico apenas escutando os batimentos cardíacos sincronizados com a respiração.

-Por que não deu certo?

-Porque é para ser assim!

-Ah...

Talvez porque as consequências poderiam ser piores se eu conseguisse chegar a tempo, sem que o relógio voltasse contra mim. E o perfeccionismo agonizante poderia estar me irritando com as supostas falhas.

Talvez não me sentiria confortável naquela festa...

Talvez, pensando pelo lado trágico, escapei...

Talvez devesse agradecer aos faróis vermelhos ao invés de gritar insanamente por dentro.

É... talvez se não tivessem me parado para pedir informação teria pego o ônibus a tempo... mas e aí? o que poderia ter acontecido?

Talvez se não tivesse dormido aqueles "cinco minutinhos", não tivesse esquecido de onde tinha colocado os documentos... depois o guarda-chuva e enfim, a chave... hmn... sim, chegaria a tempo... chegaria?!

Talvez tudo que nos impede em minutos... talvez milésimos, cause implosões nocivas e até imperdoáveis com a nossa própria pessoa, mesmo que fique difícil direcionar a culpa a alguém. Parece uma daquelas forças que não sabemos explicar que me causa em particular até um certo medo de pensar o que seria. E talvez devêssemos respirar aliviados...

O atraso parece ser meu carma...

ou um aviso...