terça-feira, 26 de maio de 2009

Tegami

Hey, you!
Sou os seus 19 anos e meio... esperando que o ciclo se acabe para que tudo possa melhorar.
Essas páginas podem estar velhas, com um grafite já a se apagar... mas são partes... partes não menos importantes diante da vivacidade dos seus 18... talvez até mais.
Nessa parada na linha do tempo, a cortina caiu, a verdade foi pisando no palco em passos leves, a multidão foi se reduzindo à família, a maquiagem se borrou e, de repente, tudo fez sentido.


"E agora, José?

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, José?

e agora, você?

[...]

Carlos Drummmond de Andrade



E como pode se lembrar não foram tempos fáceis.

A verdade apareceu e dançar ficou impossível. Meu papel social foi rasgado e estou sendo obrigada a redigir um outro objetivo. E os agradecimentos também mudaram; você vai se lembrar a quem tudo deve.

Os sapatos ficaram mais apertados, meus pés mais cansados, mas como pode ver, caminhei.

Acho que carrego muita inutilidade na bolsa... por isso, ela pesa...

Sabe, você, a quem confio minhas palavras, choro a despedida daquela garota de 18 anos. E, como conhece bem suas reações, sendo as mesmas aqui, quero fugir... mas sei que o problema sempre andará comigo enquanto não resolvê-lo.


Oi, futuro! Tenha paciência com esses sentimentos, os meus confusos e complicados... sei que deveria sorrir para você, mas a mesma mão que te acena um "oi" também acena um tchau para os eternos 17 anos e para o intenso 18.



"Amadurecer é descobrir que agora você tem algumas verdades e que elas foram descobertas com sua própria vivência."

Letícia Braga



Tenho a certeza e a segurança que já esteja aceitando e encarando as verdades como quem já superou muitas delas aqui, no passado. E que só ele será seu escudo para o medo do que está por vir.

E mesmo se um dia se sentir frágil, não tenha vergonha! Você é tudo aquilo e mais um pouco do que a vida lhe ofereceu.

Os seus 19 anos e meio esperam seu reconhecimento com muita ansiedade (uma característica que sei que nunca mudará. Eterno "eu", isso é a ânsia pelo carpe diem, é a sua essência).



"Keep smiling, keep shining"

Steve Wonder




Boa sorte!

Cante sempre!

Um pouco de arte




domingo, 24 de maio de 2009

Domingo, pé de cachimbo

Fiquei de molho hoje... e, em dois dias, assisti a três filmes!!!! Sim, meu caro, com minhas bolachas H2O e NaCl e patê de soja... E enquanto as saboreava desejava que as tivessem gosto de milho estourado com gordura vegetal...
Pois bem, assisti a Farenheit e Sicko - S.O.S. Saúde, ambos de Michael Moore e o gracioso Marley & Eu (um típico filme para se assistir quando se está de tpm). Os documentários me fizeram fixar os olhos em cada detalhe e ficava preocupada em perder alguma informação para não me afastar da linhagem de pensamentos do cineasta. Com Farenheit, não me impressionei tanto quanto SOS Saúde, pois já havia acompanhado uma outra série do chamado Zeitgeist, com o qual, sim, da primeira vez que o assisti aquilo me perturbou... conspiração atrás de conspiração, me deixou mais confusa... afinal no que devo acreditar? Acreditar faz algum sentido?
E com o SOS Saúde só me veio em mente a idealização antiga que tenho quanto a remédios serem gratuitos pelo menos para aposentados... e um sistema de saúde socializado.
Não sou socialista, nem como criancinhas, podem ficar tranquilos!
Muitos devem me achar louca por me sensibilizar com quem não é do mesmo sangue que eu e por ter uma visão idealizada de como deve ser a vida, de como as pessoas deveriam se relacionar e de como deveriam ser tratadas.

Devemos nos conformar com a questão da idealização ser uma utopia?! Creio que não... acredito que só pensamos assim quando afirmamos para nós mesmos: "Não somos capazes"
E isso é perder a fé! É como estar deitado no sofá e não mudar de canal porque o controle remoto está no armário da tv bem embaixo da revista e apenas se conformar com o fato... é entediante!
Sonhar é tornar a vida mais suculenta e excitante!

Já em relação a Marley & Eu, eu realmente estava subestimando, pero que achei adorável! Pode ser que amanhã nem lembre mais do nome do cãozinho, mas confesso que me fez deixar escorrer algumas lágrimas.. e eu nunca tive um cachorro!
Assisti-lo foi como tomar um analgésico pela dor de cabeça.
Aliás, sabe quanto custa um analgésico nos EUA? E em Cuba? Não subestime a terra de "Lúcifer", que, na verdade, acho que esse jeito carinhoso de chamar cabe mais àquele menino de Texas.

Ok, acho que o Michael Moore fez uma lavagem cerebral em mim!
Perdão, estadunidenses, mas me comovi com o Marley...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Somos mais que um

As pessoas têm a hora certa para aparecerem em nossas vidas.

Todas as amizades que tivemos, as que conservamos e que ainda vamos conhecer têm o momento reservado.

Mas o que me intriga... me aflige... me faz pensar por horas... e a variacao desse momento... e simplesmente o tempo...

Pessoas incriveis passam tao breve em nossas vidas... e pessoas dificeis insistem em pensar que nao estao incomodando e sempre ficam um pouco mais do que planejamos... e tambem existem aquelas que estao ao nosso lado ha muito tempo, mas que por algum motivo nao vemos como ela se encaixaria perfeitamente num momento breve ou por ora, para sempre, o vulgo forever and never hahahha (nao resisti... memorias de um karaoke).

As pessoas mudam a cada momento... ou o momento que faz mudar as pessoas?

Ou as pessoas sao sempre as mesmas e os fatos vao as despindo, mostrando a essencia delas?

Ou seria tudo junto misturado?

Complicado... somos varias pessoas ate mesmo num mesmo momento. Em mim, confesso que sou tres... mas sempre prevalece o tal do superego... porque as tres brigam tanto e vivem discutindo que acabo por nao fazer nada para agradar todos os meus "eu's".


Adoro falar das pessoas e do tempo (ja devem ter reparado, nao?!)... porque nao existem regras... e talvez por estas puxarem minhas redeas... e por ter a foto da consciencia na minha cabeceira...

Por que tenho asas para sonhos tao impossiveis enquanto sou submissa ao medo diante dos sentimentos?

Ai, ID, por onde andas?


domingo, 10 de maio de 2009

Pai, mãe, filho, filha... até onde essa relação chega? Para mim, essa missão é eterna como minha mãe mesma disse.
Aliás, falar missão nos leva a pensar em obrigação... então, melhor dizendo: é uma bênção!!
Ouvi minha tia falando uma vez: Meu filho casou! Uffa... minha missão acabou
Não é bem assim, não é porque eles vão criando sua independência que o elo entre pais e filhos vai sumindo... pelo contrário, quanto mais amadurecemos, mais somos capazes de entender nossos pais e mais e mais ficamos parecidos com eles, não é mesmo? Não só fisicamente, mas até no modo como ajeitamos os pufes da casa.

Também já ouvi de mães que dizem: Meu filho? Não sei dele... fiz de tudo, mas ele se perdeu na vida...
Como assim de tudo? Essa luta é eterna e conjunta! É bom ter um filho exemplar e exibi-lo aos demais? Mas e quando ele mais precisa de um conforto? Não há justificativa para cessar esse vínculo...
Fazer de tudo é morrer tentando...

Agradeço à minha mãe que aceitou essa luta eterna!!!
Feliz Dia das Mães!